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Rodada de Negócios de Habitação debate soluções e desafios para a habitação de interesse social

Inovação, planejamento e cooperação marcaram a Rodada de Negócios de Habitação, promovida pela Comissão de Habitação de Interesse Social (CHIS) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), nesta sexta-feira (24), em Maringá (PR). O encontro reuniu autoridades públicas, lideranças do setor e representantes de instituições financeiras para debater caminhos que assegurem o fortalecimento das políticas habitacionais e o avanço do acesso à moradia digna no país. 

Na abertura, o vice-presidente da área de Habitação de Interesse Social da CBIC, Clausens Duarte, ressaltou o momento positivo da construção civil e a importância de preparar o setor para o futuro. 

“Estamos vivendo um período histórico de contratações e funding, mas é preciso enfrentar desafios como a escassez de mão de obra e a necessidade de modernização dos sistemas construtivos. A hora é de planejar para sustentar esse crescimento”, pontuou. 

O debate destacou o Programa Casa Fácil Paraná, apresentado por Jorge Luiz Lange, diretor-presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). A iniciativa tem se tornado referência nacional ao combinar agilidade, transparência e foco na população de baixa renda. 

“Criamos uma política de Estado com fonte permanente de recursos, que já beneficiou mais de 110 mil famílias. O modelo é hoje replicado em 16 estados e sete capitais”, destacou Lange, ao detalhar também projetos inovadores como o Viver Mais, voltado à moradia para idosos, e o Vida Nova, de requalificação urbana e desfavelamento. 

Planejamento urbano e financiamento em debate

O secretário de Urbanismo e Habitação da Prefeitura de Maringá, Matheus Barros, trouxe ao debate uma perspectiva voltada ao urbanismo sustentável. Segundo ele, o futuro das cidades passa pela integração entre habitação, mobilidade e meio ambiente. 

“O Brasil financia partes de cidades inteligentes, mas é preciso alinhar os instrumentos do Minha Casa Minha Vida a práticas de sustentabilidade urbana. Assim, garantimos moradias acessíveis, bem localizadas e com qualidade de vida”, afirmou. 

Representando a Caixa Econômica Federal, Valdemir Martins, superintendente executivo de Habitação, apresentou um panorama das contratações no país e destacou o impacto da parceria com o Estado do Paraná. 

“Somente em 2025, foram mais de 10 mil unidades contratadas no programa Casa Fácil, com R$ 213 milhões em aportes. O Paraná responde por 43% das operações estaduais nessa modalidade”, informou. 

A sustentabilidade financeira do FGTS foi tema da fala da consultora Maria Henriqueta Arantes, integrante do GAP/CCFGTS e ex-secretária Nacional de Habitação, que alertou para o equilíbrio necessário na gestão do fundo. 

“O FGTS é essencial para a economia e para o setor. Precisamos garantir sua sustentabilidade no médio e longo prazo, evitando desequilíbrios que possam comprometer o futuro das políticas habitacionais”, observou. 

Encerrando as apresentações, o consultor técnico da CBIC, Luis Fernando Mendes, mostrou dados sobre o comportamento das operações com recursos do FGTS. O volume total de contratações cresceu 5% de janeiro a setembro, impulsionado especialmente pelas operações com pessoas jurídicas. 

“O resultado reforça o amadurecimento dos novos programas e o alcance ampliado do Minha Casa Minha Vida, que agora contempla também a Faixa 4 e a classe média”, destacou. 

Clausens Duarte destacou que o momento é de união e de construção coletiva em prol da habitação social. “A habitação social é uma causa coletiva. A união de esforços é o que permitirá transformar esse bom momento em conquistas duradouras para o país”, concluiu. 

O tema tem interface com o projeto “Segurança Habitacional como Garantia Básica para a Qualidade de Vida e Integridade Física do Trabalhador”, da Comissão de Habitação de Interesse Social (CHIS) da CBIC, em correalização com o Serviço Social da Indústria (Sesi). 

Por Agência Cbic

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