Confiança da construção avança em julho, aponta FGV

Foto: Divulgação/AMPM Construtora

O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas, subiu 2,6 pontos em julho, para 85,4 pontos, voltando ao nível observado em dezembro de 2018 (85,4 pontos). Em médias móveis trimestrais, o ICST avançou 1 ponto.

É a segunda alta consecutiva no índice de confiança, influenciado tanto pela melhora da situação corrente quanto pelas expectativas do curto prazo. O componente Índice da Situação Atual (ISA-CST) avançou 1,5 ponto, para 75,1 pontos, retornando ao mesmo nível de janeiro de 2019 (75,1 pontos).

A contribuição do resultado positivo no ISA-CST veio do indicador que mede a percepção sobre a situação atual da carteira de contratos, que avançou 1,4 ponto, para 73,5 pontos, e do indicador da situação atual dos negócios, que subiu 1,6 ponto, para 76,9 pontos.

Já o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 3,5 pontos, passando para 96 pontos, nível abaixo do observado em dezembro de 2018 (96,5 pontos). Os dois quesitos deste índice contribuíram positivamente para o resultado.

O indicador de demanda prevista nos próximos três meses avançou 2,3 pontos, para 95,5 pontos, maior nível desde dezembro de 2018 (97,2 pontos), e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses aumentou 4,7 pontos, para 96,6 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor registrou a quarta alta seguida, ao variar 0,6 ponto percentual em julho, para 68,9%, maior patamar desde julho de 2015 (69,4%).

Na comparação interanual, o ICST aumentou 4,4 pontos.

“O segundo semestre inicia com alta da confiança, a segunda consecutiva, refletindo uma melhora no ambiente de negócios corrente e expectativas de curto prazo mais favoráveis. A iminência de aprovação da reforma da min Previdência e a retomada das obras do Programa Minha Casa Minha Vida Min Min certamente contribuíram para a melhora do cenário nesses dois últimos meses. No entanto, se a adoção de uma política para incentivar o consumo comprometer a fonte de financiamento do programa habitacional, não haverá sustentação nessa melhora a médio e longo prazo”, diz Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV, em comentário no relatório.

Segundo ela, é possível que as incertezas sobre a continuidade do Programa Minha Casa Minha Vida já tenham arrefecido as expectativas dos Min Min empresários do segmento de Edificações. “Por outro lado, a perspectiva de melhora no ambiente de negócios trouxe maior ânimo aos empresários do segmento de Obras de Infraestrutura. No entanto, ainda não se tem elementos que permitam vislumbrar uma melhora robusta na atividade no curto prazo”, observou Ana Maria Castelo.

A sondagem coletou informações de 701 empresas entre os dias 1º e 23 deste mês.

Fonte: Valor Econômico