Uso de TI e apoio da Caixa animam setor imobiliário

Setor mantém vendas pela internet

O uso de novas tecnologias nos negócios de compra e venda e as medidas da Caixa para estimular o setor imobiliário são a aposta da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para amenizar o impacto da covid-19. Representantes da entidade participaram na sexta-feira da live de A Tribuna que discutiu os efeitos do novo coronavírus no segmento e quais as expectativas para o período póspandemia. O webinário foi mediada pela editora-chefe do jornal, Arminda Augusto.

“As empresas levam seus produtos pela internet e fazem contratos via plataformas digitais. Houve uma mudança no comportamento dos compradores e das empresas”, arma o vice-presidente de Habitação de Interesse Social da CBIC, Carlos Henrique Passos.

Segundo o vice-presidente da Área Imobiliária da CBIC e economista-chefe do Sindicato da Habitação (Secovi), Celso Petrucci, os plantões de venda estão fechados desde a última semana de março, o que obrigou as empresas a acelerarem mecanismos de webvendas e ampliarem o uso de tecnologia da informação (TI).

“Todo mundo que olhava o que as outras empresas faziam agora sai do ponto de conforto”, diz Petrucci. Segundo fontes do setor, a construção é uma das áreas mais resistentes à implantação das inovações de TI desde o canteiro de obra às operações de venda.

Medidas econômicas

Passos lembra que a Caixa implantou medidas importantes para a construção. Uma delas permite tanto à pessoa física quanto a jurídica, incluindo construtoras, a suspensão provisória dos pagamentos dos contratos de nanciamento. “É uma medida positiva que dá capital de giro (recursos para operações e compromissos do dia a dia)”.

De acordo com Passos, a Caixa também vai antecipar recursos às construtoras, por exemplo, de 10% do valor dos novos contratos para obras ainda não iniciadas. O banco, diz ele, antecipou até três parcelas de recursos para a continuidade das operações.

As empresas também foram autorizadas pelo banco, arma Passos, a ampliar pacotes de benefícios para os clientes, o que gera custos.

Esses esforços, armam os vice-presidentes da CBIC, ajudam a preservar o caixa das construtoras. Assim como nos demais setores, o isolamento imposto pelo combate ao coronavírus asxia as vendas, o que tende a paralisar os recursos e a própria economia, causando uma forte recessão

“Houve diminuição na comercialização e as empresas reduziram a velocidade dos lançamentos da construção”, alertou o presidente da Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista (Assecob), Ricardo Beschizza.

Fonte: A Tribuna