A MRV Engenharia, empresa com maior atuação no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), apresentou queda dos lançamentos e expansão das vendas no começo deste ano.
Os lançamentos alcançaram R$ 801 milhões em valor geral de vendas (VGV) no primeiro trimestre de 2018, uma queda de 33,9% em relação ao mesmo período de 2017. Segundo a companhia, a queda se deve ao ritmo mais lento do licenciamento dos projetos por algumas prefeituras no começo deste ano. Apesar disso, a companhia reiterou a sua meta de expandir os lançamentos em 2018 frente a 2017.
A MRV detém 42 mil unidades com alvará de construção, totalizando R$ 6,3 bilhões em VGV. Deste montante, 22 mil unidades, ou R$ 3,4 bilhões, já possuem registro de incorporação emitido. No começo do ano ainda foram adquiridos 25 terrenos, representando um VGV potencial de R$ 2 bilhões.
Por sua vez, as vendas líquidas alcançaram R$ 1,235 bilhão no primeiro trimestre, alta de 17,5% frente ao mesmo período do ano passado, refletindo a demanda aquecida no segmento de moradias populares. Os distratos foram de R$ 268 milhões, baixa de 1,2%.
A MRV reportou também que os repasses de clientes para o financiamento bancário – momento em que recebe o pagamento pela unidade comercializada na planta – totalizaram 11.457 unidades no primeiro trimestre, alta de 58,3%, e o maior volume já reportado em um único trimestre nos últimos cinco anos.
Com isso, a incorporadora teve geração de caixa pelo 23º trimestre consecutivo, totalizando R$ 88 milhões no primeiro trimestre de 2018, alta de 24% na comparação anual.
A MRV informou ainda que implementou o processo chamado internamente de “venda garantida” em seis novas regionais entre janeiro e março. Nesse processo, a efetivação da venda é condicionada ao repasse do cliente ao banco. O processo demanda mais tempo para contabilização da venda, mas reduz sensivelmente os riscos de distratos. Por conta disso, a MRV deixou de reconhecer R$ 90 milhões a mais em vendas.