Caixa descarta novos empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida para Campo Grande

Projeto feito pela Conssol, entidade organizadora, para o condomínio do bairro Tiradentes - Ketlen Gomes

Agência Municipal de Habitação havia informado que dois empreendimentos com 480 unidades se encontravam em processo para construção, mas no momento eles terão de ser adiados

A CEF (Caixa Econômica Federal) informou, por meio de nota ao jornal Correio do Estado, que até o momento não há nenhuma entidade habilitada a atuar em empreendimentos para o Faixa 1 do programa MCMV (Minha Casa, Minha Vida) em Campo Grandel. 

O comunicado foi feito após publicações de matérias que abordavam o anúncio de chamamentos públicos pela Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), que visavam a construção de dois condomínios de habitação de interesse social na capital.

As construções são de 288 apartamentos no Jardim Nashiville, onde será instalado o Residencial Ipê, e de 192 apartamentos no bairro Tiradentes, no local do Residencial Brasil. Os terrenos para os condomínios foram doados pela prefeitura.

Os chamamentos públicos dos empreendimentos habitacionais foram vencidos pela ONG (Organização Não Governamental) Conssol, que já realizou construção e entrega de residenciais de interesse social, tanto em Campo Grande, como também em outros municípios. 

Ainda segundo a Caixa, não foi iniciado o processo de recebimento de propostas pelo banco para a modalidade. A instituição informa também que o valor destinado ao trabalho social, realizado pelas entidades que vencem o chamamento público, como a Conssol, é de 1,5% para edificações unifamiliares, e 2% para as obras multifamiliares. 

Segundo o presidente da Conssol, Auro Silva, esse valor de repasse poderia ser de até 4% e a organização teria solicitado 2% para realizar os empreendimentos. De acordo com a Caixa, entre as atribuições das entidades organizadoras está a execução, gerenciamento e fiscalização das obras das unidades habitacionais. 

“O trabalho social das entidades, também previsto na instrução normativa, é constituído por um conjunto de ações inclusivas, de caráter socioeducativo, voltadas para o fortalecimento da autonomia das famílias, sua inclusão produtiva e a participação cidadã, contribuindo para a sustentabilidade dos empreendimentos habitacionais”, relatou a Caixa. 

Por: Ketlen Gomes

https://correiodoestado.com.br/cidades/caixa-informa-que-nao-ha-novos-empreendimentos-do-minha-casa-minha/417858/