Mais de oito mil pessoas realizaram o sonho da casa própria em 2023 no Distrito Federal

Para esse ano, aproximadamente 25 mil unidades habitacionais devem ser lançadas, e o governo planeja criar no futuro entre três e quatro empreendimentos com seis a sete mil moradias

O sonho da casa própria virou realidade para mais de 8,5 mil moradores do DF (Distrito Federal) no ano passado. Milhares de pessoas foram atendidas por meio dos programas de habitação e com isso deixaram o aluguel para trás. Essas famílias passaram a ocupar as mais de 2,1 mil unidades habitacionais entregues em 12 meses.

O direito à moradia é uma das principais políticas do Governo do Distrito Federal. Para esse ano, aproximadamente 25 mil unidades habitacionais devem ser lançadas, somando as entregas e as construções no futuro. Além disso, o governo planeja criar, por meio da Codhab-DF (Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal), três ou quatro empreendimentos com seis a sete mil moradias, semelhantes ao projeto do Itapoã Parque, o maior do DF, com mais de 12 mil unidades habitacionais.

“Chegaremos a mais de 25 mil moradias lançadas, já com início de obra e entregas a partir do fim do ano que vem. Dessa forma, o DF vai se consolidar como a unidade da federação que mais entregou habitações enquadradas como Áreas de Regularização de Interesse Social no Brasil. Hoje, o Itapoã Parque é o maior empreendimento e em 2025 soltaremos três ou quatro desse porte”, detalhou Marcelo Fagundes, presidente da Codhab.

Para os próximos meses, há previsão de entrega de 48 apartamentos na Quadra 2 de Sobradinho. A cidade não havia sido atendida com entregas até então e vai abrir o caminho para outras novidades. “Além de Sobradinho estamos indo para Gama e Santa Maria, ampliando para regiões onde a Codhab não fez entregas ainda. O objetivo é que as pessoas permaneçam onde elas moram hoje. Nós queremos levar a estrutura para perto delas e não criar gargalos”, explicou Marcelo Fagundes.

Por falar em gargalo, alterações recentes na Lei nº 3.877/2006, que trata da política habitacional do DF, irão permitir ao governo ampliar o leque de atendimentos. Profissionais que trabalham no DF, há mais de cinco anos e moram no entorno, passam a ser um público da Codhab, assim como quem já teve um imóvel há mais de dez anos e era impedido de participar novamente de programas habitacionais. A alteração na lei de parcelamento do solo também vai auxiliar no barateamento das obras, segundo a Codhab.

Esse conjunto de medidas vai facilitar o acesso aos programas, segundo Marcelo Fagundes. “Muitas pessoas  não moram no DF por questões financeiras, mas possuem a vida aqui, chegam de manhã e passam o dia no DF, consomem aqui, e retornam à noite para suas cidades. Elas foram expatriadas do DF por questões financeiras e o governador Ibaneis Rocha determinou que essas pessoas voltassem a ter condições de morar aqui”, acrescentou o presidente da Codhab. Sobre a possibilidade de uma pessoa que teve um imóvel há mais de dez anos participar novamente dos processos, Fagundes classificou como a correção de uma grande injustiça.

Por Ian Ferraz, da Agência Brasília | Edição: Igor Silveira