Consultor de vice-presidência da Caixa aborda sobre Carteira MCMV, em João Pessoa

Maria do Carmo Avesani Lopez, Patryck A. Carvalho e Emília Correia Lima

Vice-presidente de Habitação do banco, Inês Magalhães, afirmou na quarta-feira, dia 23, em São Paulo, que a instituição espera chegar a R$ 75 bilhões em recursos para moradias

O consultor de vice-presidência de Habitação da CEF (Caixa Econômica Federal), Patryck Araújo Carvalho, participou do encontro que discute a importância da Reurb (Regularização Fundiária) e sua implementação no Brasil. Ele abordou o novo MCMV (Minha Casa, Minha Vida) e fez a palestra com o tema “Carteira MCMV – Imóveis com pendências de registro”. O evento, realizado no Centro Cultural Ariano Suassuna, em João Pessoa, capital da Paraíba, tem a CEF como co-patrocinadora.
O debate foi organizado pela ABC (Associação Brasileira de Cohabs e Agentes Públicos de Habitação), FNSHDU (Fórum Nacional de Secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano) e o Governo do Estado da Paraíba, por meio da Cehap (Companhia Estadual de Habitação Popular). As reuniões serão presenciais com entrada gratuita.
E sobre investimentos no setor de moradias, a vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, afirmou nesta quarta-feira que a instituição financeira espera chegar ao montante de R$ 75 bilhões para serem liberados em financiamentos neste ano. Os recursos seriam da poupança. A declaração foi dada durante evento do Santander, realizado em São Paulo. Até o primeiro semestre deste ano, o banco liberou R$ 41 bilhões.
Inês reforçou ainda necessidade de repensar as cadernetas, que vem sendo defendida pela presidente do banco, Rita Serrano. A vice-presidente da área habitacional disse que o banco tradicionalmente acelera em momentos de redução do apetite de crédito pelos bancos privados, o que costuma acontecer quando a taxa Selic sobe. Este cenário está se repetindo neste ano.
“Mesmo assim, nós mantemos a projeção de chegar a R$ 75 bilhões (liberados) neste ano”, disse Inês. Segundo ela, ainda assim, a queda na atratividade da poupança nos últimos anos precisa ser endereçada pelo setor financeiro e pelo BC (Banco Central). Ela ecoou discurso da presidente da Caixa de que o produto pode ter pontos como a remuneração repensados.
“A grande pergunta é se mesmo os juros caindo, a poupança volta a ter a pujança que já teve”, afirmou. O mercado tem perdido depósitos de poupança, assim como a Caixa, que detém mais de um terço dos depósitos das cadernetas do País. O banco público, porém, tem observado perdas menores que a média.
Inês disse que a Abecip, a associação que representa os entes que financiam habitação com recursos do sistema de poupança, tem tido discussões com o BC para liberar parte dos depósitos compulsórios dos bancos. A ideia é que os recursos liberados sejam destinados à habitação, compensando as perdas que a poupança tem tido.

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