Para regularizar dívidas habitacionais de 75 mil famílias Governo do Estado de SP lança programa

Foto: Governo do Estado de São Paulo - ASBRAD

Nesta quarta-feira (23), foi anunciado um programa especial para regularizar 75 mil contratos de mutuários inadimplentes da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) pelo o Governador João Doria. Condições facilitadas para acordos com juro zero, sem entrada e pagamento parcelado são previstas no plano.

O governador declarou: “É o maior programa de regularização de dívidas habitacionais da história do Governo de São Paulo”, e afirmou: “O programa vale para mutuários de imóveis da CDHU e foi criado em função, infelizmente, do crescimento da inadimplência durante a pandemia”.

Em fevereiro de 2020 o percentual de devedores das CDHU era de 19% e saltou para 26% em janeiro deste ano. Com a renegociação, as famílias poderão manter os imóveis, enquanto a CDHU receberá recursos para novos investimentos em habitação popular. O financiamento de imóveis de interesse social da CDHU registra 70% das famílias com renda de até 1,5 salário mínimo.

A regularização de dívidas de 29 mil famílias inadimplentes é a prioridade. 16 mil famílias já são afetadas pela cobrança judicializada e com ordem judicial de reintegração do imóvel são 3 mil famílias.

Poderão ser beneficiados outros 13 mil contratos inadimplentes passíveis de cobrança judicial com as condições especiais previstas no plano e 46 mil famílias, que possuem débitos menores, também poderão ser contempladas.

No dia 4 de abril a adesão ao programa começa. Inicialmente, as inscrições serão feitas pelo serviço telefônico Alô CDHU: 0800-000-2348. As orientações também estarão disponíveis no site www.cdhu.sp.gov.br. O cadastramento de mutuários terá duração de 12 meses.

A opção de quitação à vista do débito com a CDHU, sem incidência de juros e multas, ou o reparcelamento do saldo residual do contrato será para famílias que tiveram contratos rescindidos.

Terão direito a parcelamento de dívida sem exigência de entrada e juros e com parcelas a partir de R$ 60 – o valor corresponde a 5% do salário mínimo e será somado à prestação mensal, os demais mutuários.

Transferência de titularidade; transformação da dívida em uma nova, com extinção da antiga; refinanciamento ou recomercialização do imóvel; e conversão de contratos, entre outras possibilidades, são outras situações de inadimplência que também serão avaliadas pela CDHU para soluções.

Fonte: SP Notícias