70º Fórum Nacional de Habitação no Rio reúne mais de1,4 mil participantes e troca experiências sobre avanços

Secretário Nacional de Habitação, Hailton Madureira, falou sobre o projeto solar a ser implantados no próximo ano, enquanto Inês Magalhães, vice-presidente da área da Caixa Federal, chamou a atenção quanto aos problemas climáticos

Entre os dias 29, 30 de novembro e 1º de dezembro, o Rio de Janeiro foi a sede do 70º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, realizado pela ABC Habitação (Associação Brasileira de Cohabs) e FNSHDU (Fórum Nacional de Secretários de Habitação e Desenvolvimento Urbanos). Esse foi o maior evento do setor do País, que reuniu 574 pessoas de forma presencial e outras 900 de forma online, totalizando 1.474.
Durante os três dias, no Espaço Lagoon, houve troca de experiência sobre os trabalhos realizados, avanços e projeções de mais moradias por meio do programa MCMV (Minha Casa, Minha Vida) e os desafios para o futuro, principalmente devido aos recentes problemas climáticos quem castigaram a cidade de São Sebastião, no litoral de São Paulo, e boa parte do Rio Grande do Sul.


A solenidade de abertura contou com diversas autoridades presentes, como a presidente da ABC Habitação, Maria do Carmo Avesani Lopez; o presidente do FNSHDU, Jorge Lange, e o secretário de Habitação de Interesse Social do Estado do Rio de Janeiro, Bruno Dauaire. O secretário nacional de Habitação, Hailton Madureira, e a vice-presidente de Habitação da CEF, Inês Magalhães, também estiveram persentes nos debates.
Outros assuntos discutidos e que ganharam destaques foram a Reurb (Regularização Fundiária Urbana) e edilícia, bem como o dilema que envolve a regularização conjunta.
Alternativas de crédito, financiamento privado e doações para obras de habitação e infraestrutura também foram temas presentes nas mesas de debates.
O Fórum de Habitação também discutiu a importância dos processos de desburocratização, digitalização e industrialização na construção civil e HIS.
A importância dos planos locais de habitação e revitalização de áreas urbanas para habitações centrais foram outros assuntos em pauta, como também as melhorias habitacionais e assistência técnica.
Maria do Carmo destacou a importância do evento para o desenvolvimento de políticas públicas que deram certo. “Pudemos trocar experiências importantes de diversas região do País. Presenciamos a execução de vários projetos que garantem moradia digna às famílias que mais precisam. O Fórum no Rio trouxe avanços significativos”, explicou Maria do Carmo.
O atual presidente do FNSHDU, Jorge Lange, falou sobre a atuação do órgão e as conquistas na área habitacional. “O Fórum de Secretários e a ABC Habitação estão a cada dia conseguindo grandes investimentos e ajudando as famílias necessitadas. Por meio dessa união percebemos que a habitação amplia suas metas e consegue atingir os objetivos”, disse Lange.
O deputado estadual e atual secretário de Habitação do Rio de Janeiro, Bruno Dauari, falou sobre a importância de a cidade sediar esse evento. “Nossa secretaria tem menos de um ano e cada dia enfrentamos novos desafios. Com a realização do fórum podemos trocar muitas experiências e fazer com que cada região consiga implantar os seus projetos”, apontou. Segundo ele, em pouco tempo a secretaria já alcançou bons resultados com o cadastro de 11.462 unidades habitacionais do MCMV em 16 municípios do Estado.
O secretário Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Hailton Madureira, fez uma retrospectiva do último ano, com destaque para a aprovação das novas condições do FGTS e a ampliação de investimentos para 2024. “No próximo ano vamos criar emendas para a execução do projeto solar nos conjuntos habitacionais. Vamos levar energia solar para todas as casas novas do Minha Casa, Minha Vida”, anunciou.

PRAZOS PARA OS PROJETOS

Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da CEF, falou da aplicação dos recursos do FGTS no setor e chamou a atenção dos municípios para que fiquem atentos sobre o prazo das propostas. “Os municípios precisam correr para apresentar toda a documentação ainda este ano porque em 2024 existe a restrição devido às eleitorais. Os Estados devem auxiliar as cidades nessa empreitada para dar conta de todas as exigências e prazos do MCMV”, explicou Inês Magalhães.
A vice-presidente também chamou a atenção que a partir de agora os eventos climáticos sejam levados em consideração nos novos projetos porque essa passa a ser uma grande preocupação.
O Fórum Nacional possibilitou o compartilhamento de informações sobre planos e programas governamentais; fortalecimento entre os agentes públicos dos governos federal, de Estados e municípios e sobretudo a troca de experiências de práticas do setor da habitação, bem como os debates sobre os desafios a serem enfrentados.
No encerramento do evento, na sexta-feira, dia 1º, houve a entrega dos troféus de “Selo de Mérito 2023″, que é uma das premiações mais importantes do setor da habitação de interesse social do País. No total foram dez projetos s e mais 17 programas vencedores desenvolvidos por companhias habitacionais de todo o Brasil.