Documentação representa vantagens para os proprietários dos imóveis, garantindo segurança jurídica e facilidades em conseguir financiamentos para executar melhorias
A Comunidade Vitória do Cajuí, no bairro Maguari em Ananindeua, no Pará, conseguiu a tão sonhada regularização fundiária. A Sehab (Secretaria Municipal de Ananindeua) fez a entrega de 260 títulos de propriedade no dia 26 para moradores cadastrados na área e aptos a serem contemplados pelo Programa Municipal “Ananindeua Legal”. Até o momento, a prefeitura já contemplou 24.599 famílias.
Segundo o vereador Breno Mesquita, a comunidade esperava por este momento há 23 anos. “Todas as vezes que as pessoas conquistam os seus direitos nossos corações ficam alegres. Caminhei por essa comunidade e sei da realidade. Hoje é o dia da vitória”, comentou o vereador.
Em discurso, o prefeito Doutor Daniel reconheceu que para muitos moradores que não possuem a titularidade de seus imóveis, a regularização é muito mais importante que qualquer outro serviço. “Muitas vezes até mais que asfalto e iluminação. Isso traz segurança jurídica pra vocês, a certeza que ninguém vai ser despejado com sua família e não ter pra onde ir. Eu tenho orgulho de poder contribuir e melhorar a vida de quem mora aqui. Agora a casa é de vocês, de fato e de direito”, assegurou.
O prefeito também lembrou que a regularização representa uma série de vantagens para os proprietários dos imóveis, garantindo segurança jurídica do imóvel, facilitando na obtenção de financiamentos para melhorias e acesso aos serviços públicos da cidade. “O local agora passa a ser denominado de Comunidade Vitória do Cajuí. O nome muda porque hoje é uma outra realidade”, disse o prefeito.
Seu Reginaldo, que acompanhou a esposa na entrega de títulos, estava entusiasmado com a mudança. “Quando chegaram aqui para cadastrar as famílias, muita gente não acreditava, pensou que era balela de político. Mas o Daniel prometeu e cumpriu. Nossa comunidade melhorou muito nos últimos anos. A nossa rua era chamada rua da morte, agora é rua Cajuí. Esse nome “muralha” era associado a um passado que trazia o estigma ruim. Agora tudo muda”, explicou seu Reginaldo. Para muitos moradores, a segurança de ter o título de propriedade abre portas para investir mais no seu imóvel.
A deputada federal Alessandra Haber também esteve presente e expressou seu carinho pela comunidade. “Desde 2021, quando a gente teve aquele surto de pandemia, que nós viemos aqui e trouxemos cestas básicas por meio do programa Ananin Solidária, nós se aproximamos e pudemos dar mais atenção para a área”, apontou.
“Quero ampliar minha casa, mandar fazer duas salas e mais dois quartos e quem sabe conseguir um comprador pra ela e ir morar com minha filha em São Paulo. Ter esse documento é uma garantia que não perdi dinheiro”, lembrou Aurélio de Castro, que já investiu o dinheiro da aposentadoria numa reforma da casa, antes mesmo de ser beneficiado pelo programa municipal.
Por outro lado, dona Casmere da Silva, que mora há 23 anos na alameda Dom Brás, nunca teve coragem de fazer um investimento no imóvel por não ter posse legal. Agora ela já pode sonhar.
“Pegar nesse documento me dá uma sensação tão boa, tão gostosa que não consigo nem explicar. Passa um filme na cabeça, pois quando viemos pra cá era muita lama e mato. Já fomos expulsos, mas continuamos lutando. Minha casa era de faixa (material de publicidade de festa) e hoje é de madeira. Quem sabe um dia eu consigo construir de alvenaria”, finalizou Casmere.
Por: Secretaria Municipal de Habitação de Ananindeua
