A Caixa foi a empresa mais citada na categoria “Financiamento imobiliário” por paulistanos das classes A e B ouvidos pelo Datafolha. A marca teve 29% das menções
Maior fonte de crédito imobiliário do país, a Caixa prevê destinar R$ 84 bilhões para novos financiamentos em habitação em 2017 —2,7% a mais que no ano passado (R$ 81,8 bilhões). O crescimento não parece expressivo, mas traz uma sinalização importante, segundo analistas consultados: ligeira melhora no mercado imobiliário, um dos mais afetados pela crise.
Com taxas e imóveis que atendem à demanda de clientes de todas as faixas de renda, o financiamento imobiliário da Caixa apareceu pelo terceiro ano seguido como líder de citações na pesquisa Datafolha com as classes A e B de São Paulo: 29%.
Além das condições de pagamento e oferta, a instituição atribui sua popularidade ao fato de realizar atendimento em agências e correspondentes bancários de todo o país e de promover feirões.
A próxima edição na capital está prevista para o final deste mês. No ano passado, durante a 12ª edição do evento em São Paulo, foram vendidos 13.394 imóveis, que somaram R$ 2,9 bilhões.
“A Caixa possui taxas diferenciadas e amplo portfólio, com produtos que atendem à demanda do cliente em todas as faixas de renda, quer seja por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida, com recursos do FGTS, que seja com financiamentos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE)”, diz Nelson Antonio de Souza, vice-presidente de habitação da instituição.
A Caixa é mais lembrada pelos entrevistados homens (32%) e pelos que atualmente estão na faixa de 26 a 40 anos (38%).
A maioria dos entrevistados (57%) não se lembrou ou não soube responder à questão —um recuo de seis pontos em relação ao resultado do ano passado (63%).
“Em 2016, a Caixa financiou mais de 620 mil moradias. No Estado de São Paulo, foram mais de 140 mil unidades habitacionais”, afirma o vice-presidente. Nos três primeiros meses deste ano, o banco liberou R$ 18,8 bilhões para o financiamento imobiliário —crescimento de 23% em relação ao mesmo período de 2016. “A curva no ritmo de contratações vem apresentando crescimento nos últimos meses”, completa Souza.
O perfil de quem procura por esse produto é de pessoas com até 35 anos e que recebem até três salários mínimos por mês. No crédito imobiliário, 65% dos financiamentos são feitos por homens.
A inadimplência também tem caído, segundo a Caixa. O índice foi de 1,63% no ano passado ante 2,26% em 2015.
Os dados do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) mostram comercialização de 1.233 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo em março. O volume é 54,5% superior ao total vendido em fevereiro (798 unidades) e 15,2% acima do resultado de março de 2016, 1.070 unidades. “Há sinalização positiva em março e no primeiro trimestre que aponta para melhora do mercado”, diz Flavio Amary, presidente do Secovi-SP.
No acumulado de 12 meses (encerrados em março de 2017) são 15.967 unidades comercializadas na capital paulista.
Os imóveis que predominaram nas vendas realizadas na cidade no último mês do levantamento foram os de dois a três dormitórios, de 45 m² e 65 m², com preço na faixa de R$ 240 mil a R$ 500 mil. Por região, a zona sul registrou a maior quantidade de lançamentos e vendas.
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Caixa
Fundação: 1861
Unidades: 3.409 agências (299 delas na capital paulista)
caixa.gov.br
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Nelson Antonio De Souza, vice-presidente de habitação da Caixa
De que forma o paulistano busca financiar a moradia?
A maior parte dos financiamentos foi realizada com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
A procura na Caixa é por imóveis em qual faixa de preço?
É para aquisição de imóveis novos, dentro das faixas do Minha Casa, Minha Vida [o programa de habitação popular chegou ao final de 2016 com 737.580 mil casas e apartamentos entregues em todo o país e beneficiou 2,9 milhões de pessoas].