Ibaneis quer mudar lei para ampliar moradias de interesse social em Brasília

Governador Ibaneis Rocha ouviu propostas do grupo de estudos formado por diferentes órgãos do GDF com objetivo de reforçar a política habitacional para a população de baixa renda | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Grupo de trabalho apresentou propostas ao governador para reforçar a oferta de moradias destinadas à população de baixa renda

O grupo de trabalho formado por diversos órgãos do Governo do Distrito Federal para discutir projetos de moradia de interesse social apresentou, nesta segunda-feira, dia 29, algumas propostas ao governador Ibaneis Rocha. Em reunião, realizada no Palácio do Buriti, foram discutidas medidas para atender
a meta estipulada pelo governador, que é a oferta de 80 mil unidades habitacionais para a população de baixa renda nos próximos anos.

O objetivo é superar alguns entraves na legislação que define a política habitacional e incentivar a participação na iniciativa privada na construção de unidades de interesse social, voltadas para o público de baixa renda. Essa é uma das prioridades da Seduh (Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação), que propõe alterações na Lei nº 3.877/2006, regulamentadora da questão habitacional na capital.

“Precisamos fazer a adequação dessa legislação para atender mais pessoas”, alertou Marcelo Vaz, titular da Seduh. “A lei hoje estabelece que para participar dos programas é necessário ser morador do Distrito Federal há pelo menos cinco anos. Estamos propondo uma extensão às pessoas que residem no entorno e trabalham no DF há pelo menos cinco anos”, apontou.

“Além disso, a ideia é mudar a lei para que ela alcance aqueles que nos últimos dez anos não tenham sido proprietários de imóvel aqui, e não simplesmente restringir a participação de quem já foi dono de imóvel”, acrescentou Marcelo.
A proposta precisa ser aprovada pela Câmara Legislativa e o governo vem realizando os estudos para mudar a norma.

Segundo Luciano Marinho, diretor-presidente em exercício da Codhab (Companhia de Desenvolvimento Habitacional), do DF existem regiões onde a urgência de moradias populares é bem maior. “Recanto das Emas, Ceilândia e Samambaia, por exemplo, possuem maior demanda. O desafio é implementar 80 mil moradias e a prioridade do nosso governo é o público em vulnerabilidade social”, explica.

O grupo de trabalho também quer agilizar o processo de licenciamento urbanístico, que hoje depende da manifestação de diversos órgãos. “Queremos que esse licenciamento seja feito via Seduh, sem precisar que o empreendedor tenha de peregrinar em vários órgãos”, disse Marcelo. O secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, e os presidentes da Terracap, Izidio Santos, e do BRB, Paulo Henrique Costa, também participaram do encontro.

Por
Rafael Secunho