Durante a pandemia a demanda por habitação social dispara em São Paulo

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O boom imobiliário afetou, nos últimos anos, principalmente bairros nas zonas leste e sul, como Mooca, Tatuapé e Vila Andrade

Se inscreveram na fila por habitação social da Prefeitura de São Paulo que teve um salto durante a pandemia de Covid-19, pessoas que declararam não ter renda para arcar com o aluguel. Quintuplicou a quantidade de novos cadastros em relação aos mesmos meses em 2020, os picos ocorreram em agosto e setembro deste ano.

O padrão de busca por vagas em programas habitacionais manteve alta comparativa desde janeiro de 2021, mostram os dados oficiais da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo). Entraram cerca de 3.000 pessoas no sistema, quase o triplo de janeiro do ano anterior, naquele mês.

A média de novas inscrições, que se mantinha em torno de 800 por mês em 2019 e 2020, passou de 2.100 por ano, a partir disso, ultrapassando 3.700 registros até outubro, a dois meses, portanto, de completar o ano.

A construção de novas unidades habitacionais pela gestão municipal se mantém aquém das necessidades, enquanto isso. Em 2020 e 2021, foram entregues 8.979 unidades habitacionais, ou 5,3% do total de 166.303 inscrições ativas à espera de uma moradia definitiva, de acordo com a Cohab.

O órgão atribui a baixa produção à pandemia, em nota, “que atrasou o andamento das obras, diminuindo o quadro dos prestadores de serviços além da falta de matéria-prima necessária”. Trabalhar “diariamente para combater o déficit habitacional do município de São Paulo” é o que afirmam a Cohab e a Secretaria de Habitação.

São necessárias 68.731 novas unidades até 2032, segundo o Plano Municipal de Habitação, para sanar o problema. O número é considerado desatualizado, pois foi calculado em 2016.

Foi anunciado neste ano um novo programa, que prevê entregar as primeiras 14 mil unidades a partir de 2024, pela gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

É preciso comprovar renda familiar de até seis salários mínimos e não possuir imóvel próprio, para fazer parte do cadastro municipal. Perfis como desabrigados de áreas de risco, famílias chefiadas por mulheres ou que tenham pessoas com deficiência física e idosos, têm prioridade de atendimento.

Fonte: msn / Folha de São Paulo

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