Fórum Moradia indica caminhos possíveis para problema habitacional no Rio

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Ativista e moradora do Complexo do Alemão, Camila ‘Moradia’ será uma das beneficiadas pelo programa habitacional do governo do estado – Foto: Eduardo Uzal

O programa Casa da Gente tem o desafio de assumir o papel de ‘política de estado’ e não apenas de governo. A tese foi recorrente em todos os debates do ‘Fórum Moradia, resgatar com dignidade’. Não basta ter boa intenção. Para solucionar o crônico problema habitacional no Rio de Janeiro.

Vicente Loureiro, arquiteto, urbanista e doutorando em Urbanismo na Universidade de Lisboa, convidado da mesa que teve como tema central ‘Direito à cidade: A produção habitacional como mecanismo de inclusão’, destacou a importância de o poder público assumir uma política habitacional integrada, colaborativa e articulada em busca de soluções para o déficit de moradias para os mais pobres, calculado em 500 mil apenas no Rio de Janeiro.

Vicente destacou: “O modelo de desenvolvimento brasileiro é excludente. O desafio é produzir moradia para quem precisa… Tem uma hora que o Estado precisa socorrer, intervir, subsidiar essas moradias”.

Arícia Fernandes Correia, Professora de Direito da UERJ e Procuradora do Município do Rio de Janeiro, destacou no debate ‘Acesso a Terra e Moradia: Estratégias e Desafios para a Regularização Fundiária’, a questão do papel da regularização fundiária plena sustentável.

Arícia destacou: “Mais do que nomear um local que não está cartografado ou inscrito em órgão públicos é preciso levar a moradia e a cidade ao cidadão… Tem que ser sustentável do ponto de vista ambiental, social e econômico”.

Camila Santos será uma das beneficiadas pelo programa de habitação do governo do estado em 2022, ela é nascida e criada no Complexo do Alemão, e tornou-se ativista na questão habitacional desde setembro de 2011, quando sua família foi uma das 1.300 removidas da comunidade após um incêndio atingir parte da comunidade.

Fonte: O Dia