MRV vê espaço para procura por imóveis continuar alta

Foto: Divulgação

Depois de registrar, em 2017, lançamentos e vendas recordes, a MRV Engenharia espera que a procura por imóveis direcionados à baixa renda continue elevada neste ano. “O governo está muito empenhado em relação ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida”, diz Rafael Menin, copresidente da MRV.

Maior incorporadora de capital aberto do país e terceira maior construtora do mundo com atuação no mercado imobiliário, a companhia tem estrutura para lançamentos e vendas brutas totais de 50 mil unidades em 2018, dos quais sua fatia é de 47 mil unidades. Se considerado o preço de R$ 150 mil por unidade, o Valor Geral de Vendas (VGV) chega a R$ 7,5 bilhões, mas não se trata de meta.

Neste ano, além de empreendimentos enquadrados no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, a MRV vai apresentar projetos para a média renda – com preço por unidade de R$ 200 mil a R$ 350 mil. A participação desses produtos no total será de até 5%. Os lançamentos de projetos para clientes com renda de R$ 5 mil a R$ 10 mil devem começar no segundo trimestre por Belo Horizonte, São Paulo e Salvador.

Em 2017, a MRV lançou R$ 5,627 bilhões e teve vendas líquidas de R$ 4,951 bilhões, com altas de 41,1% e 23%, respectivamente, na comparação com o ano anterior. As vendas brutas cresceram 15,1%, para R$ 6,055 bilhões. Os lançamentos somaram 37.155 unidades, enquanto as vendas chegaram a 32.937 unidades. Segundo Menin, continua a haver atrasos na obtenção de licenças de projetos. Para reduzir o impacto dessa demora, a empresa tem apresentado mais projetos para aprovação.

No quarto trimestre, os lançamentos cresceram 56%, para R$ 1,671 bilhão. Foi o maior VGV trimestral lançado em seis anos.

A MRV registrou vendas brutas recordes de R$ 1,735 bilhão no quarto trimestre, com alta de 34,2% ante o mesmo período de 2016. “O número recorde resultou de mais lançamentos e dos investimentos em marketing e tecnologia”, diz Menin. As vendas líquidas cresceram 43,9%, para R$ 1,451 bilhão. “Os clientes têm ido mais aos plantões de vendas, e há mais propensão de fechar negócios. A taxa de conversão melhorou”, afirma o copresidente da MRV.

A empresa espera geração de caixa em 2018 superior à do ano passado, de acordo com Menin, ainda que a incorporadora planeje desembolsar mais de R$ 500 milhões na aquisição de terrenos. De outubro a dezembro, a companhia gerou caixa de R$ 38 milhões e, no acumulado de 2017, de R$ 328 milhões.

Segundo Menin, a geração de caixa poderia ter sido maior se não fossem fatores que afetaram os repasses – dificuldades decorrentes dos limites de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por estados e problemas técnicos nos sistemas de bancos.

Fonte: Valor Econômico