Diante de uma crise de moradia em todo o Brasil, o Governo do Piauí, através da Agência de Desenvolvimento Habitacional – ADH, celebra 10 anos do PMCMV com saldo positivo. O Piauí atingiu a marca de 81.259 casas entregues pelo Programa Minha Casa Minha Vida, quando sua meta inicial era de apenas 22 mil moradias, no ano de 2009.
A ADH foi responsável pela construção e entrega de 3.400 moradias, por meio dos programas Sub50 (voltado para municípios de até 50 mil habitantes) e o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR).
Na opinião da diretora geral da ADH, Gilvana Gayoso, o Minha Casa Minha Vida foi a mais importante política habitacional já lançada no país. “O programa MCMV foi decisivo para que muitas famílias carentes realizassem o sonho da casa própria. Antes, a população de baixa renda da zona rural não podia adquirir um imóvel, uma coisa impensável há 30 anos, até a chegada do Programa Nacional de Habitação Rural. Outra vantagem do Programa foi a geração de empregos: foram muitas contratações registradas em Carteira de Trabalho”, declara.
Dentre as beneficiárias, estão Rosa Luz, 45 anos, moradora da zona rural de Teresina. Na opinião dela, a casa própria representa uma das maiores conquistas de sua vida, diante da realidade que vive. “Moro há 17 anos na localidade Chapadinha, e sempre em casa de taipa. Com o dinheiro que ganho, nunca daria para construir essa casa”, declara Rosa.
A moradora Francinalda Maria de Oliveira, 38 anos, outra beneficiaria do Programa Nacional de Habitação Rural – PNHR, também não escondia a emoção ao receber as chaves da casa nova. “Estou desempregada, mas muito feliz com esse grande presente que recebi do governo. Só quem mora em casa de taipa, sabe como é ruim. Agora tenho uma casa linda!. Sou muito grata a todos”, frisou Francinalda.
Neste mês de abril, serão entregues mais 70 unidades habitacionais nos municípios de Picos e Geminiano. Em Picos, serão entregues casas populares para os moradores da localidade Gameleira dos Rodrigues. Os beneficiários são pessoas carentes, que pela primeira vez na vida irão morar em uma casa digna.
Para Gilvana Gayoso, produzir moradias, atualmente, tem sido um grande desafio, em função da falta de subsídio do governo federal. “Sem essa ajuda, o Estado sozinho não consegue construir”, afirma ela. Segundo a diretora, são centenas de piauienses que ainda precisam de moradias, uma demanda que só pode ser superada com a retomada e o fortalecimento do Programa Minha Casa Minha Vida. Na avaliação de Gilvana Gayoso, a parceria entre os governos federal, estadual e municipal viabiliza a construção de casas nos municípios piauienses.
DIGNIDADE – Apesar de todo o atraso nos repasses financeiros, a ADH continua construindo e entregando moradias. Um exemplo, aconteceu neste mês de março, na zona rural de Teresina, onde pequenos agricultores realizaram o sonho da casa própria. Quem lembra os tempos difíceis quando morava em uma casa de palha é a senhora Maria da Paz Oliveira Martins, da localidade Lagoa de Dentro. “Era tudo muito difícil, tenho um marido doente e crianças pequenas. Com a casa caindo aos pedaços, enchia de água e insetos no inverno, a gente vivia sem sossego. Agora estou mais tranqüila na minha casa nova”, fala dona Maria.
Gilvana Gayoso ressalta que houve uma grande transformação social, um resgate da cidadania com a criação do Programa. “Eu acredito que a maior contribuição do MCMV é o caráter social. Combater o déficit habitacional na zona rural é que de mais valioso eu vejo no Programa. Também não podemos esquecer a zona urbana,porque é grave o problema da falta de moradia nas grandes cidades. Enfim, construir moradias traz dignidade para as pessoas, além de gerar emprego e renda”, frisa, Gilvana Gayoso.
A diretora geral da ADH disse ainda que o objetivo da gestão é reduzir o déficit habitacional do Estado através da produção de moradias. “Investir na construção de unidades habitacionais de forma participativa e democrática para as famílias que vivem em situação precária, e tem a sua participação na cadeia produtiva do nosso estado, é a nossa prioridade. O segmento rural precisa muito do apoio do governo, é uma forma de respeitar e reconhecer o trabalho de quem produz no campo para abastecer os centros urbanos”, finaliza Gilvana Gayoso.
Fonte: Assessoria de Imprensa da ADH-PI