A CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo, braço operacional da Secretaria de Estado da Habitação, foi uma das vencedoras do “Prêmio Eco Brasil Amcham & Estadão 2017″ por utilizar energia fotovoltaica em unidades de interesse social. A Companhia concorreu na categoria Sustentabilidade em Produtos ou Serviços. O Prêmio foi entregue ao presidente da CDHU, Nédio Henrique Rosselli Fillho, na última quarta-feira (13/12), na sede da Amcham.
“É uma honra para o Governo do Estado, por meio da CDHU, concorrer e ganhar este prêmio tão representativo. Além disso, estamos investindo numa energia que faz parte fundamental da discussão sobre a mudança da matriz energética mundial. Uma fonte limpa e renovável que irá beneficiar nossos mutuários em qualidade e economia financeira”. Comentou o presidente, ao receber o prêmio.
Estiveram presentes ao evento, além do presidente da CDHU, o diretor técnico Aguinaldo Quintana, o superintendente de orçamento, programação e controle Silvio Vasconcelos, o engenheiro Civil Fernando Lata, a arquiteta Tamara de Oliveira e os engenheiros elétricos da Companhia, Antônio Kodi e Eli Márcio.
As placas permitem a micro geração de energia, criando um sistema de compensação com a rede elétrica. O resultado é visto diretamente na conta de luz do morador. Em Postes Gestal, uma das três cidades que receberam os testes, as placas alcançam um desconto de até R$ 46,5 na conta, independentemente do perfil do consumo da família.
Para o superintendente de Orçamento, Programação e Controle da CDHU, Silvio Vasconcelos, envolvido desde o início na implantação do sistema nas unidades, afirma que este projeto irá refletir no custo de morar do mutuário. “A partir da implantação deste sistema, o mutuário, considerando o consumo médio, passará a pagar a tarifa mínima de energia elétrica. Isso muda o dia a dia e reflete na economia financeira do proprietário. Todo este trabalho reflete no custo de morar, que não é só o preço baixo da prestação do imóvel”, explicou Silvio, onde afirma que a partir das novas contratações em 2018 as unidades terão a nova tecnologia instalada.
Cada placa é responsável por gerar uma energia de 35 KWh/mês em média. O projeto piloto também já está sendo testado em residências de Elisiário e Itainga, no interior de São Paulo. Em 2017, a CDHU firmou parceria com o município de Aparecida para a construção de mais 62 unidades com a tecnologia fotovoltaica.
A energia renovável é obtida pela conversão da radiação solar em eletricidade, que resulta em desconto na conta de luz, e pode ser consumida na própria residência ou ser enviada para a rede de distribuição.
O convênio que deu origem ao projeto é fruto da parceria entre as secretarias da Habitação e de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, que surgiu em dezembro de 2016 com a intenção de oferecer soluções habitacionais com alternativas de economia para os mutuários.
Ao todo, foram 84 empresas inscritas, num total de 102 projetos. Desses, 34 empresas e 36 projetos foram selecionados. Agora, serão premiados nas categorias “Sustentabilidade em Processos” e “Sustentabilidade em Produtos ou Serviços”.
Sobre o Prêmio Eco Brasil
Lançado pela Amcham em 1982, o Prêmio ECO Brasil foi pioneiro no reconhecimento de empresas que adotam práticas socialmente responsáveis e gerou uma rica reflexão sobre o desenvolvimento empresarial sustentável no Brasil. O nome ECO, fusão das palavras empresa e comunidade, traduz o interesse de seus criadores em fazer dele um instrumento de compromisso corporativo com o desenvolvimento social. Ao longo dos anos, o Prêmio ECO ganhou reconhecimento pela antecipação de tendências e por sua influência positiva no comprometimento das empresas com o tema da sustentabilidade. Já mobilizou 2.064 companhias brasileiras e multinacionais, que inscreveram 2.563 projetos, 225 deles premiados.
Morar Bem, Viver Melhor
O Morar Bem, Viver Melhor é a Política Habitacional do Estado de São Paulo. Reúne todas as ações e investimentos da Secretaria de Estado da Habitação, como infraestrutura, urbanização, requalificação, acessibilidade, qualidade das construções e equipamentos, cuidados com o meio ambiente, inovações e qualidade de vida para as famílias atendidas.
Sobre o potencial de geração solar no Estado
A Subsecretaria de Energias Renováveis coordenou os estudos que apontam o potencial de energia solar do estado de São Paulo para geração fotovoltaica de 12 TWh/ano. O mapeamento dos níveis e faixas de irradiação mostram a viabilidade técnica e econômica para a geração de energia fotovoltaica entre as faixas de radiação anual de 5,61 e 5,70 kWh/m²/dia, considerando a melhor faixa de aproveitamento, correspondente a 0,3% do território paulista. O estudo reúne 25 mapas que mostram o potencial de geração solar em cada uma das regiões do Estado de São Paulo.