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Percepção dos empresários sobre participação do MCMV diminui

Incerteza em relação ao Minha Casa Minha Vida diminui confiança dos empresários sobre o programa. Fonte: Agência Brasil

De acordo com sondagem da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada nesta quarta (23), a percepção dos empresários da construção sobre a participação do Minha Casa Minha Vida (MCMV) tem diminuído em relação a outros negócios. Um dos motivos apontados é a incerteza em relação ao programa com a mudança de governo.

Segundo o estudo as empresas que operavam com o MCMV e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) registraram maior Índice de Confiança da Construção (ICST) até junho do ano passado. Comparado ao mesmo mês de 2017, o ICST das empresas do MCMV teve maior elevação, o que sinaliza expectativas mais altas e também melhor percepção quanto aos negócios correntes.

Em dezembro de 2018, no entanto, a confiança das empresas do programa habitacional teve queda expressiva. De acordo com a FGV, o resultado pode refletir expectativas mais pessimistas dos empresários em relação às possíveis mudanças com o novo Executivo, especialmente em relação às faixas 1 e 1,5.

Já os índices relativos ao PAC foram mais positivos, devido a indicações de uma possível retomada de obras paradas do PAC, e da elaboração de uma agenda voltada aos investimentos em infraestrutura.

Para empresários, MCMV mantém importância no mercado

O ICTS é composto por quatro quesitos:

  • Situação Atual dos Negócios,
  • Carteira de Contratos,
  • Expectativas com relação à evolução do Volume de Demanda nos três meses seguintes
  • Expectativas em relação à evolução da Situação dos Negócios da Empresa nos seis meses seguintes.

Segundo a sondagem da FGV, a percepção referente à situação corrente dos negócios (ISA) das empresas da construção cresceu lentamente ao longo do ano passado, mas de forma constante. O maior patamar foi em dezembro, equivalente ao de abril de 2015.

Em contrapartida, o indicador referente às expectativas (IE) oscilou bastante em 2018, com queda expressiva após a greve dos caminhoneiros, em maio. Ao final do ano, o IE recuperou o patamar anterior à greve, e fechou em alta em dezembro – com o maior nível desde o mesmo período de 2014.

Mesmo com a queda no ICTS, esses sinais otimistas mostram que, na visão do empresariado, o MCMV mantém importante expressividade no mercado imobiliário. Segundo pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, o programa respondeu por 51% das vendas do terceiro trimestre de 2018 e por 500 mil contratações até novembro.

Fonte: Agência CBIC