A equipe cogita desde a desoneração de alguns setores até a utilização de recursos de privatizações para fomentar o Minha Casa, Minha Vida
O ministro da Economia, Paulo Guedes, marcou reunião com seus secretários nesta quinta-feira (11) para definir medidas de estímulos à economia que poderão ser anunciadas nas próximas semanas, disse uma fonte com conhecimento direto do assunto sob condição de anonimato.
Para tentar destravar a atividade, a equipe econômica cogita desde a desoneração de alguns setores da economia até a utilização de recursos de privatizações para fomentar o programa Minha Casa, Minha vida, disse a pessoa. O programa habitacional, que é uma marca das gestões petistas, pode ter seu nome alterado e o governo cogita ainda regras para ceder terras para a construção. Desonerações também foram bastante usadas no passado e são alvo de críticas até hoje.
Outra ação que já foi anunciada informalmente e deverá estar no plano do governo é a liberação de R$ 20 bilhões do PIS/Pasep, além de regras para facilitar a utilização do FGTS. Há uma discussão dentro do governo para que os recursos do PIS/Pasep que não forem sacados possam ser utilizados para melhorar o resultado fiscal do Tesouro, disse a pessoa.
A avaliação interna é de que é preciso apresentar uma agenda própria logo na sequência da aprovação da reforma da Previdência, especialmente depois de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ter feito críticas às ações do governo e tentado atrair para si o protagonismo da pauta econômica, o que deixou Guedes irritado.
Até por isso, Guedes cogita realizar o anúncio dessa agenda durante o recesso parlamentar, como forma de mostrar que equipe econômica está trabalhado enquanto parlamentares estão de férias, uma forma de responder ao Maia, disse a pessoa. A reforma tributária do governo, que difere da adotada pelo Congresso, também pode integrar o anúncio.
No cardápio estudado está ainda um dos alvos preferidos de Guedes, o Sistema S. Técnicos do ministério avaliam a possibilidade de enviar uma Medida Provisória ao Congresso cortando recursos do sistema. Segundo a pessoa, isso poderia liberar recursos no caixa das empresas, o que poderia contribuir para a recuperação da atividade. Outros pontos discutidos são regras para a melhorar a recuperação da dívida ativa.