A secretária Nacional de Habitação, Henriqueta Arantes, ao participar, em São Paulo, nesta terça-feira (9), do evento “Inovações em Política de Habitação”, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)– Divisão de Habitação e Desenvolvimento Urbano, com apoio do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), disse que o país atravessa um momento mais promissor e que o Ministério das Cidades está iniciando os trabalhos de revisão da Política Nacional de Habitação, que deve ser feito a cada quatro anos.
Na ocasião, a secretária ressaltou a importância de iniciativas dessa natureza para que todos possam colher informações de experiências que deram certo.
Ainda na capital paulista, Henriqueta Arantes cumpriu agenda no Seminário “Parcerias Público-Privadas na Construção Civil”, organizado pelo Sinduscon-SP. A atividade tratou do tema desde a introdução às PPPs e concessões, passando por PPPs em habitação; projetos de infraestrutura e oportunidades em Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) e Manifestação de Interesse Privado (MIP) até a discussão de soluções para a infraestrutura brasileira.
Uma das palestrantes na mesa redonda “Público e privado juntos para a habitação de interesse social”, a secretária reiterou a recomendação do ministro Bruno Araújo no sentido de adoção de políticas inovadoras e que possam garantir o enfrentamento mais forte do déficit habitacional.
“Estamos com nosso déficit habitacional relativo, estabilizado em 9% desde 2011. O que a gente tem produzido tem quase que correspondido ao crescimento vegetativo nesse período”, explicou.
Segundo ela, esse evento promovido pela instituição é um momento muito propício, referindo-se à importância de se proceder à revisão do Plano Nacional de Habitação. “Nessa revisão, estamos colocando um horizonte mais longo que planos anteriores, estudando o perfil de demanda futura para 2040, o nível de crescimento vegetativo com a redução do tamanho das famílias, a mudança cultural que estamos sofrendo em função dos avanços tecnológicos”, disse.
Na avaliação da secretária Nacional de Habitação, essas mudanças têm que estar refletidas no próximo Plano. “E a forma de refletir isso é criando alternativas diferentes para garantir o acesso à moradia digna e ao dever constitucional nós temos”, resumiu.
À tarde, ela também fez uma apresentação sobre a temática, na sede do Sinduscon-SP.