Categoria promoveu, nesta quinta-feira (19), um protesto pelas ruas centrais do Recife. Representantes de associação dizem que 30 mil pessoas foram prejudicadas por falta de repasses pela Caixa Econômica
Representantes da Associação dos Construtores de Pernambuco (ACP) realizaram, nesta quinta-feira (19), um protesto no Centro do Recife. Filiada à Federação Nacional das Pequenas Construtoras (FENAPC), a entidade exige ao Governo Federal a retomada dos financiamentos para o Programa Minha Casa Minha Vida.
A categoria informa que chegou a firmar, em média, seis mil contatos por ano com a Caixa Econômica Federal (CEF). Em virtude do corte de recursos, atualmente, não é possível assinar nem 20% esse total de acordos.
A manifestação contou com a participação de cerca de 500 pessoas. Elas saíram, às 9h30, do Parque Treze de Maio, no Centro, e seguiram até a Agência Central da Caixa. Por volta das 11h30, eles foram recebidos pela gerência da instituição financeira.
Os pequenos construtores solicitam a retomada dos financiamentos para construção de imóveis para a população carente, inscrita no programa federal. “Protocolamos um documento com as nossas queixas para mostrar que a suspensão dos financiamentos atinge cerca de 30 mil pessoas em Pernambuco.”, afirma o vice-presidente da ACP, Leonardo Batista.
Segundo ele, com a crise no programa, foram afetados construtores, trabalhadores e até donos de cartórios e de restaurantes. “Todos participam de uma cadeia produtiva muit grande. Levamos um trator para simbolizar o movimento, já que a falta de rercuros afeta quem prepara os terrenos para as novas moradias”, acrescentou.
Batista afirma que os pequenos construtores estão com cerca de duas mil unidades do Minha Casa Minha Vida prontas para entregar. Há, ainda, outros imóveis para ser finalizados, à espera de repasses financeiros.
Resposta
A Caixa Econômica Federal esclareceu, por meio de nota, que a contratação do crédito imobiliário este ano está cerca de 20% superior em relação ao mesmo período do ano passado. A Caixa já emprestou mais de R$ 62 bilhões até final de agosto em todas suas modalidades de crédito.