O presidente Jair Bolsonaro afirmou que deve ser anunciado um corte de R$ 2,5 bilhões no Orçamento, na próxima semana, quando será divulgado pelo Ministério da Economia o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do governo. O valor, disse, é “uma merreca” e deve vir da redução do gasto de apenas um ministério, que ainda não foi definido.
“Queremos evitar que o governo pare, dado que o nosso orçamento é completamente comprometido. Deve ter um novo corte agora, de R$ 2,5 bilhões. Uma merreca. Concorda que é uma merreca perto de um orçamento trilionário nosso? É pouca coisa”, disse a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada neste sábado.
Segundo o presidente, o que está sendo decidido com a equipe econômica é que em vez de cortar orçamento de sete ou oito ministérios, seria reduzido o orçamento de apenas de um ministério. “Estou sendo obrigado a decidir por um filho. Se não fizer isso, eu pedalo. Eu entro na lei de responsabilidade fiscal. É impeachment contra mim”.
FGTS
Questionado sobre as mudanças nas regras de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ele afirmou que os detalhes estão sendo estudados pela equipe econômica, que não quer desidratar o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. “A palavra final é do doutor Paulo Guedes”, disse o presidente.
Depois de criticar ontem o adicional de 40% do FGTS em caso de demissão sem justa causa, Bolsonaro disse que não vai propor o fim da multa. Mas voltou a afirmar ainda que o custo do emprego no país é muito alto em relação a outros países.
Na breve entrevista na saída do Alvorada, Bolsonaro ainda revelou que pretende lançar um programa chamado “primeira empresa”, mas não deu detalhes nem disse quando isso vai acontecer.
O presidente também comentou o preço combustíveis. Disse que está caindo, mas não na bomba.