Em função do aumento das vendas e lançamentos imobiliários, espera-se para 2019 uma retomada mais consistente do emprego no setor
O nível de emprego na construção civil brasileira registrou alta de 0,64% em setembro na comparação com agosto. Foram realizadas 15.162 contratações, o que levou o estoque de trabalhadores para 2.375.409. Na comparação com setembro de 2017, houve queda de 0,08% (-1.952).
Ao se desconsiderar os efeitos sazonais*, o emprego registrou alta de 0,15% em setembro na comparação com agosto (3.386 contratações).
Os dados são da pesquisa realizada pelo SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
“Embora o emprego na construção tenha se elevado nos últimos meses, na média do acumulado deste ano contra o mesmo período do ano anterior ele ainda mostra queda”, observa o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto.
Esta queda, entretanto, é proporcionalmente bem menor do que nos anos anteriores. “Isto parece indicar uma proximidade maior do fim da crise. Em função do aumento das vendas e lançamentos imobiliários, esperamos que em 2019 uma retomada mais consistente do emprego no setor”, comenta.
Segmentação
Em setembro, na comparação com agosto, quase todos os seguimentos registraram alta, sendo as maiores em: Engenharia e Arquitetura (1,32%), Obras de instalação (1,08%) e Infraestrutura (0,78%). A exceção foi Incorporação de imóveis com variação de -0,08%.
Na análise de 12 meses, apenas Engenharia e Arquitetura e Obras de instalação obtiveram crescimento de 6,06% e 4,76%, respectivamente. As maiores baixas foram em Obras de acabamento (-3,01%), Imobiliário (-2,12%) e Incorporação de imóveis (-2,14%).
Por regiões do Brasil
Na estratificação por regiões, os resultados de setembro na comparação com o mês anterior mostram elevação do emprego em todas as regiões.
**Os dados da tabela consideram os fatores sazonais
Estado de São Paulo
Em setembro houve variação positiva de 0,06% no emprego em relação ao mês anterior (365 contratações). O estoque de trabalhadores foi de 648,5 mil em agosto para 648,8 mil em setembro. Em 12 meses, o acumulado permanece negativo e chegou a -8.319 (-1,27%). Desconsiderando a sazonalidade**, houve alta de 0,05% (327 vagas).
Na comparação com o mês anterior, apresentaram alta apenas os segmentos Obras de instalação (0,79%) e Imobiliário (0,19%). Utilizando a mesma base de comparação, as maiores quedas foram Infraestrutura (-0,47%) e Engenharia e Arquitetura (-0,35%).
Na capital paulista, que responde por 43% do total de empregos no setor no estado, houve queda de 0,05% em setembro em relação ao mês anterior (-154 vagas). Em 12 meses, São Paulo registra retração de -1,96% (-5.615 vagas).
Entre as Regionais do SindusCon-SP as maiores altas foram em Bauru (1,62%), Santo André (1,09%) e Campinas (0,58%). Apresentaram os maiores resultados negativos Sorocaba (-1,15%) e São José dos Campos (-0,43%).
*A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que tipicamente acontecem em um mesmo período do ano.
Sobre o SindusCon-SP
O SindusCon-SP é a maior associação de empresas do setor na América Latina. Congrega e representa mais de 1.400 construtoras associadas de diferentes portes em todo o estado. A construção paulista representa 26,5% da construção brasileira, que por sua vez equivale a 4,9% do Produto Interno Bruto do Brasil.