A indústria da construção deixou de movimentar R$ 55,3 bilhões em 2016, quando fechou quatro mil empresas e eliminou 428.603 postos de trabalho em todo o País. É o que revela o resultado da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) de 2016, divulgada nesta quinta-feira (07/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a PAIC, em 2016 o setor totalizou R$ 318,7 bilhões em incorporações, obras e serviços, uma queda de 14,8% em relação a 2015, quando já tinha encolhido 15,9%. O desempenho negativo se refletiu no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que encolheu 3,5%, sob impacto, entre outros fatores, da queda de 10,3% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). No mencionado ano, o crédito imobiliário com recursos da poupança e do Fundo de Garantia do tempo de Serviço (FGTS) teve queda nominal de 16,2%, além de recuo de 10,2% no número de unidades financiadas em relação a 2015.
O segmento de obras de infraestrutura também registrou queda de 22,1% em 2016 em relação a 2015. O componente foi o que mais influenciou as perdas nos postos de trabalho na construção naquele ano (-17,5%), na massa salarial real (-21,9%) e no salário médio mensal pago aos trabalhadores (-5,2%).
O País tinha 127 mil empresas ativas na construção, ocupando cerca de 2 milhões de pessoas em 2016. O total de salários e remunerações alcançou R$ 58,5 bilhões, com um salário médio real mensal de R$ 2.235,2.
(Com informações do Estadão Conteúdo)